Guia de Carreiras:
Música!
Um Desafio aos Músicos Crentes, que Abre Portas no Mundo Profissional!
Um Desafio aos Músicos Crentes, que Abre Portas no Mundo Profissional!
O Jovem cristão tem
oportunidades na sua vida que lhes pode ajudar nas atividades Profissionais,
uma delas é a Música aprendida, na maioria das vezes sem custo, ou a um custo
desprezível, desde a infância, adolescência.
Alguns descobrem que esta área
lhes pode ser, muito útil na vida secular.
Outros não atinam para isto
e pensam, que só pode ser utilizada na Igreja, na Adoração a Deus.
Um destes expoentes, que descobriu esta união possível é hoje um dos maiores Maestros do Mundo Roberto Minczunk, músico oriundo das Asembléias de Deus-SP.
O maestro
Roberto Minczunk maestro da OSB que atua no Teatro Municiapl do Rioo de Janeiro - Brasil.
Este artigo, nos mostra
como unir a Adoração com a Profissão.
Música:
Vestibular para música exige que o candidato já
tenha formação básica.
É possível, porém, atuar apenas com o curso técnico ou treino informal.
É possível, porém, atuar apenas com o curso técnico ou treino informal.
Ana
Carolina Moreno Do G1,
em São Paulo
Quando
tinha 14 anos, Danilo Araújo foi convencido a entrar para a fanfarra da Escola
Estadual Professora Maria Peccioli Giannasi, na Zona Sul de São Paulo, com o
argumento de que ganharia nota extra em matemática. Pediu para tocar guitarra,
mas, por falta de vagas, acabou recebendo um trompete. Hoje, dez anos depois, o
instrumento continua em suas mãos por pelo menos oito horas diárias. Estudante
do segundo ano do curso superior de música na Faculdade Mozarteum de São Paulo,
e aluno da Escola de Música do Estado de São Paulo - Tom Jobim (Emesp), Danilo
vive apenas da paixão que conheceu ao acaso, na adolescência.
"Toco
em eventos, bares de jazz, restaurantes, tenho um quinteto de metais que
trabalha com músicas brasileiras, toco em orquestra, faço cachês e dou
aula", diz o trompetista de 24 anos, que pretende um dia ser professor
universitário e consultor na área.
Danilo
Araújo, de 24 anos, estuda música e toca trompete há dez anos (Foto: Ana
Carolina Moreno/G1)
Danilo é
um exemplo comum na carreira de músico. Segundo o professor Everton Gloeden,
que dá aulas de violão erudito na Emesp, a carreira "é mais uma vocação do
que uma profissão" e, hoje em dia, os músicos com bacharelado devem estar
preparados para atuar tanto na música clássica quanto na popular, além de
manter várias fontes de renda.
De acordo
com Roberto Bueno, secretário-geral da Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) e
presidente da regional São Paulo, hoje o país tem cerca de 600 mil pessoas
vivendo da profissão. "Mas só cerca de 5% dos músicos, independente de ter
faculdade ou não, ganha o que quer e quanto quer, porque já chegaram nos
pícaros da glória", diz.
Bueno
cita como exemplo a dupla de música sertaneja Chitãozinho e Xororó, dois dos
músicos mais famosos do Brasil, que não têm formação formal na área.
Ele
explica ainda que outros 5% dos músicos brasileiros têm salário fixo e direitos
trabalhistas assegurados porque trabalham em orquestras ou como professores
universitários, por exemplo. Outros 5%, segundo ele, são donos de bandas de
música, escolas livres ou conservatórios, e também conseguem sobreviver disso.
Os demais 85% da categoria atuam como autônomos. Os sindicatos mantêm tabelas
de preços dos cachês, mas nem sempre elas são seguidas, diz.
Pianista
da Sandy
Eloá
Gonçalves, de 26 anos, está na última categoria. A pianista, que concluiu
recentemente seu mestrado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),
começou a tocar teclado aos 8 anos e, aos 14, passou às aulas particulares de
piano erudito, única opção disponível na pequena cidade em que cresceu. A opção
pela faculdade ela fez ao terminar o ensino médio, quando começou a se
interessar por jazz e foi aprovada no vestibular do curso de música popular da
Unicamp, um dos poucos no Brasil a oferecer uma formação específica na área.
Eloá fez graduação
e mestrado em música popular pela Unicamp, e hoje toca piano com a cantora
Sandy (Foto: Augusto Fidalgo/Arquivo pessoal)
Sandy (Foto: Augusto Fidalgo/Arquivo pessoal)
"Nem
tinha na cabeça a ciência de que existia esse meio acadêmico como forma de
trabalho", afirmou ela. Para Eloá, além da base teórica e da orientação
para a técnica de produção de arranjos, o curso superior também permite ao
estudante conhecer "muito músico bom e ter contato com muita gente".
Hoje,
além de fazer parte do quinteto Algaravia, que faz releituras de músicas clássicas,
Eloá acompanha a cantora Sandy Leah em shows pelo Brasil. Ela participou também
da gravação do primeiro disco solo da cantora, trabalho que conseguiu depois
que Lucas Lima, marido e diretor musical do disco da cantora, a viu tocando na
faculdade. "Ele fez composição na Unicamp, entrou no mesmo ano que
eu", contou ela.
Segundo
Eloá, muitos de seus colegas hoje trabalham com MPB ou optaram apenas por atuar
na música clássica ou instrumental, mas alguns já acompanham bandas de axé,
duplas sertanejas e rock nacional. "Infelizmente no Brasil a gente não tem
público para consumir música erudita e instrumental, o músico que quer
trabalhar como músico precisa atuar em vários campos diferentes."
A Ordem
dos Músicos do Brasil (OMB) emite quatro tipos de carteira profissional:
1) bacharel em música
1) bacharel em música
2)
técnico em música
3) músico
aprovado por uma banca examinadora da OMB
4) músico prático
4) músico prático
Carteira
profissional
Para
exercer a profissão, não é necessário ter diploma de curso superior na área,
mas a lei 3.857 de 1960 exige que o músico tenha uma carteira profissional
emitida pela OMB para se apresentar. Existem quatro categorias diferentes de
carteira (veja lista ao lado), e apenas uma delas - a de músico prático
- impede o profissional de dar aulas em cursos de ensino superior ou em
conservatórios credenciados pelo Ministério da Educação.
De acordo
com Bueno, os músicos devem assinar contratos com as casas de eventos e show
para garantirem o recolhimento de impostos, mas, em 2011, a regional paulista
da OMB realizou cerca de 900 fiscalizações a bares e encontrou irregularidades
em 362 delas.
Ensaio da
Osesp na Sala São Paulo(Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
Vestibular
exige formação básica
Quem atua
na área afirma que a carreira de um músico tem semelhanças como a de um médico.
"Quando você estuda medicina e quer ser cirurgião plástico, você não vai
estudar cirurgia plástica. Você faz medicina, depois você escolhe e se
especializa em uma ou em outra área", explica Ozeas Arantes, de 58 anos,
que toca trompa na Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), a
principal no Brasil.
A
diferença entre as duas carreiras, porém, é que a graduação em música serve
como aperfeiçoamento e, no caso da medicina, o vestibulando entra na faculdade
sem nenhum conhecimento teórico ou prático. O vestibular para música, além das
questões de conhecimentos gerais do currículo básico do ensino médio, também
tem uma prova de habilidades específicas que exige formação básica em teoria e
prática musical.
Para
Ozeas, a decisão do governo de retirar, há algumas décadas, a música do currículo
básico escolar, privou as crianças e adolescentes da possibilidade de aprender,
de forma lúdica, a ideia de proporção de tempo e espaço e noção de equilíbrio.
"O
estudo da música ajuda na formação, ensina tempo, ritmo, divisão de compassos,
você tem noção de tempo, de sonoridade muito grande, isso ajuda no desenvolvimento
do ser humano. Mas foi tirado da nossa escola, infelizmente."
Resta aos
pais estimular a musicalidade nos filhos em cursos livres, e investir na
formação musical no conservatório. De acordo com o instrumento, a formação
técnica pode durar entre três e oito ou nove anos.
Por isso,
apesar de já ter dez anos de experiência e ainda ser jovem, Danilo começou
tardiamente na carreira. Ele conta que, além da fanfarra, tocava na igreja, e
que só aos 16 anos entrou para o conservatório. "Meu próprio professor já
me instruía, e eu tive que correr atrás, estudar mais tempo para compensar o
atraso e dar tempo de entrar na faculdade." Em 2010, ele prestou o
vestibular e passou na primeira tentativa.
O
professor Everton afirma que "o músico é um estudioso eterno". Violonista
desde os 7 anos, Gloeden tem hoje 54 e afirma que ainda se sente "uma
criança tocando em pleno desenvolvimento de aprendizado". Para ele, é aos
60 ou 70 anos que os músicos conseguem atingir o auge de sua técnica, já que a
maturidade só aprimora a destreza do profissional.
Everton
Gloeden é professor de violão e músicopremiado com um Grammy Latino(Foto: Ana
Carolina Moreno/G1)
Mercado
Além de dar aulas em duas escolas, Everton tem sua própria classe particular. Mas, nos intervalos, ele estuda as peças que toca em apresentações com seu grupo, o Quarteto Brasileiro de Violões, que em 2011 venceu o Grammy Latino na categoria de melhor álbum clássico, com um CD de músicas do maestro e compositor Heitor Villa-Lobos. Segundo ele, é difícil que um músico atue apenas em uma área, apesar de hoje a tecnologia ter abertos o leque de opções para o músico.
Além de dar aulas em duas escolas, Everton tem sua própria classe particular. Mas, nos intervalos, ele estuda as peças que toca em apresentações com seu grupo, o Quarteto Brasileiro de Violões, que em 2011 venceu o Grammy Latino na categoria de melhor álbum clássico, com um CD de músicas do maestro e compositor Heitor Villa-Lobos. Segundo ele, é difícil que um músico atue apenas em uma área, apesar de hoje a tecnologia ter abertos o leque de opções para o músico.
Ele cita,
como algumas das áreas onde o profissional pode atuar, além da sala de aula, o
cinema e videogames, que sempre precisam de trilha sonora, e os comerciais,
para os quais o músico compõe jingles. Com o aquecimento da economia
brasileira, Everton afirma que aumentou a demanda por orquestras que tocam ao
vivo nos musicais
Quem tem
o diploma de bacharel em música também ganha vantagem na hora de ser contratado
para acompanhar cantores, principalmente os famosos. Para dar aula na
universidade, ele afirma que é imprescindível seguir a carreira acadêmica, com
o mestrado e o doutorado.
Ozeas,
que é formado pela Julliard School, nos Estados Unidos, e trabalha na orquestra
mais prestigiada do Brasil, a Osesp, desde 1977. Ele acompanhou o processo de
reestruturação da Osesp, na década de 1990, e afirma que o grande salto de
qualidade na profissão e aumentou o interesse dos estudantes. Porém, é
necessário muitos anos de prática para alcançar o nível exigido para o
trabalho.
Mesmo
quem trabalha em um dos empregos mais cobiçados do mercado musical brasileiro,
a Osesp, também trabalha em outras frentes. Ozeas afirma que ele e outros
músicos da orquestra também dão aulas na Escola Municipal de Música, em São
Paulo, além de conservatórios e faculdades. "O músico tem como principal
trabalho ser músico de orquestra, mas tem outros trabalhos como aulas, fazer
solos, música de câmara... Temos vários solistas que viajam para tocar com
outras orquestras", diz.
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